31 março 2008

O universo televisivo

Muito se fala atualmente sobre a influência da televisão na vida das pessoas. Esse meio de comunicação que antes atingia somente à elite, hoje assume um importante papel na transmissão de informação e entretenimento para as diversas classes sociais.

A história conta que a TV chegou ao Brasil em 1950 e, diante de sua grande aceitação, foi recebendo constantes aprimoramentos no decorrer dos anos. Percebe-se, no entanto, que com ela não vieram somente fatores positivos.

O canal que surgiu como um importante complemento na divulgação dos fatos foi perdendo suas origens. Assim como no jornal impresso, a televisão também tem sido uma forte arma nas mãos do capitalismo.

Observamos que muitos adotaram o jornalismo sensacionalista e a espetacularização da notícia com o intuito de atrair mais audiência e, consequentemente, mais retorno financeiro. Isso é perigoso.

Com o critério de “transparência” e “credibilidade” transmitido por esse meio de comunicação de massa, as pessoas, por muitas vezes, permitem que sejam conduzidas por aquilo que a emissora julga correto ou, em outras palavras, elas aceitam, sem nenhum questionamento, a informação que a televisão transmite.

É nesse sentido que a nova geração de jornalistas que pretende mergulhar no universo televisivo deve tomar uma atitude sábia: não somente estimular a participação do público, mas também promover o senso crítico.

Pense comigo, futuro jornalista: Qual é a nossa responsabilidade? Desenvolver projetos que nos garantam lucro ou nos empenharmos na busca por um melhor conteúdo?

É preciso resgatar a idéia de imparcialidade e compromisso com a verdade que um dia a televisão possuiu...


(*)Uma ressalva:
Muitos podem criticar este texto...
Sei o quanto é difícil seguir este critério, pois o mercado nos impõe uma escolha a fazer: vestir a camisa da emissora ou ficar desempregado.
Mas se nós todos mudarmos nosso jeito de pensar, será que não podemos construir uma outra realidade?
Quem sabe um dia não mudamos este quadro. Ao invés de sermos obrigados a nos adaptar à ela, ela ser obrigada a se adaptar ao nosso pensamento..
A TV, sem profissionais, não é TV... Então é preciso que saibamos também impor uma condição!
Pense nisso...
(É bom sonhar!)

3 comentários:

Bia Longhini disse...

É Angélica.. seria muito bom que as coisas fossem assim...
sabemos que as pessoas tomam a verdade do que lêem ou vêem, como verdade absoluta, e nós, futuros jornalistas, devemos ter consciência disso para que não nos tornemos mais UM nesse cenário de irresponsabilidade.
Devemos utilizar os meios de comunicação, como um meio mesmo, capaz de transformar e formar opiniões a favor de uma sociedade melhor!!!

Anônimo disse...

Muitobomotexto Angélica.
A Tv brasileira realmente deixa muito a desejar no quesito qualidade.
Preocupa-se mais com o espetáculo do que com conteúdo de qualidade...

Anônimo disse...

mto bom seu texto Gé...
Realmente a mídia em geral deixa a desejar...
Nem tudo é verdade, e por isso que nós, futuros jornalistas, temos que buscar sempre melhorar!
Sobre sonhar com mais qualidade... temos que ser assim mesmo, temos que mudar os quadros, transformar, formar opiniões...
Tamyris