27 março 2009

Em defesa da obrigatoriedade do diploma!

A discussão sobre a obrigatoriedade do diploma e regulamentação dos jornalistas é grande. Desde 2007, momento em que eu iniciava meus estudos na área, minha visão de mundo sofreu alterações. Até então, eu acreditava que TODAS as pessoas buscavam informações verídicas e de qualidade, com profissionais sérios e de credibilidade. E, infelizmente, não é assim.

Lembro-me que em uma das aulas de Introdução ao Jornalismo - disciplina ministrada pela jornalista e professora Karenine Miracelly, a realidade sobre essa profissão chegou aos meus ouvidos. O Jornalismo sofre uma forte [e séria] ameaça. Há pessoas que acreditam que o jornalismo pode ser exercido por qualquer indivíduo, independente de curso superior.

Ou seja, é a desvalorização de um documento que por muito tempo eu sonho em conquistar: o DIPLOMA.

A meu ver, a ameaça existe porque existem autoridades que não se importam com as pessoas. O argumento que eles utilizam é até inteligente: “Não podemos prejudicar aqueles que há anos atuam na área”.

Porém, eles esquecem outros fatores importantes: E os profissionais que passaram pelos bancos acadêmicos, jornalistas por DIREITO, como ficam? E os estudantes que gastam uma quantia assustadora todos os dias – resultado de altas mensalidades, transporte, alimentação – sonhando em conquistar seus objetivos profissionais? Qual será a frustração dessas pessoas?

Atualmente, vejo pessoas que “ma-le-má” concluíram o Ensino Fundamental sendo autorizadas a assinar como jornalistas. Eles conquistaram o registro no Ministério do Trabalho e estão aptos a exercer a profissão.

É justo que pessoas sem embasamento teórico, sem condições éticas e, em muitos casos, sem o conhecimento correto da gramática, exerçam funções daqueles profissionais que estudaram vários anos para praticar o jornalismo?

Depois de tantos conflitos de ideias, a discussão está perto de chegar ao fim. Eu espero que o bom senso [a favor do jornalismo] prevaleça. A matéria que questiona a regulamentação profissional dos jornalistas entrará na pauta do STF - Supremo Tribunal Federal, no dia 1 de abril. Caso aconteça o pior, a nossa categoria não terá direito a recurso.

É agora ou já era. Que situação!

A desvalorização do diploma não prejudicará somente os envolvidos profissionalmente na área da comunicação. Se o diploma for considerado lixo (desculpe o termo), a sociedade toda irá perder. Será uma queda gradativa do jornalismo sério, ético e confiável.

Jornalistas (formados!) e estudantes de Jornalismo, vamos manter o pensamento positivo.

Nós, alunos do Unitoledo, já estamos programando um movimento. Na terça-feira, dia 31/03, vamos manifestar a favor da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo. Faça a sua parte também, contamos com você! A manifestação será em frente ao Unitoledo, das 20h20 às 20h40.

A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) está mobilizando a categoria. É importante que todos acompanhem o site e apoiem o trabalho que está sendo realizado. Não podemos ficar de braços cruzados!

O blog Mundo dos Jornalistas traz uma entrevista muito bacana a respeito desse assunto. Vale a pena conferir. CLIQUE AQUI.

20 março 2009

Compartilhando...

Uma das características deste blog é divulgar músicas que falam comigo. Neste post, eu compartilho com os leitores do Pensamentos, fatos e relatos uma música muito especial: "Sabor de Mel", interpretada pela cantora gospel Damares.

O agir de Deus é lindo
Na vida de quem é fiel
No começo tem provas amargas
Mas no fim tem o sabor do mel
Eu nunca vi um escolhido sem resposta
Porque em tudo Deus lhe mostra uma solução
Até nas cinzas ele clama e Deus atende
Lhe protege
Lhe defende
com as suas fortes mãos

Você é um escolhido
E a tua história não acaba aqui
Você pode estar chorando agora
Mas amanhã você irá sorrir.

Deus vai te levantar das cinzas e do pó
Deus vai cumprir tudo que tem te prometido
Você vai ver a mão de Deus te exaltar
Quem te vê há de falar
Ele é mesmo escolhido.

Vão dizer que você nasceu pra vencer
Que já sabiam porque você
Tinha mesmo cara de vencedor
E que se Deus quer agir
ninguém pode impedir
Então você verá cumprir cada palavra
Que o Senhor falou,
Quem te viu passar na prova
E não te ajudou
Quando ver você na benção
Vão se arrepender
Vai estar entre a plateia
E você no palco
Vai olhar e ver
Jesus brilhando em você
Quem sabe no teu pensamento
Você vai dizer
Meu Deus como vale a pena
A gente ser fiel
Na verdade a minha prova
Tinha um gosto amargo
Mas minha vitória hoje
Tem sabor de mel.

Tem sabor de mel
Tem sabor de mel

A minha vitória hoje
Tem sabor de mel.


Acompanhe também o vídeo:

16 março 2009

Atenção Zemarquetes e Blogueiros!

Meu amigo José Marcos Taveira, jornalista e professor, está organizando um grande evento para reunir os Zemarquetes (pessoas que acompanham o Blog do Zé Marcos) e blogueiros da região. A atração está prevista para o dia 2 de maio, no Pub Rock Beer, em Araçatuba.

Participe você também e ajude a divulgar...

1º Encontro de Zemarquetes e Blogueiros - Clique aqui


Abraço!

06 março 2009

Carinho [sincero!]

Tornou-se comum nos veículos de comunicação as tentativas de “jabá”. Seria uma troca de favores. O termo é utilizado para representar a atitude de muitos comerciantes, dirigentes de grandes empresas e políticos que enviam “presentes” aos profissionais da comunicação visando a possibilidade de divulgação dos produtos.

Desde o primeiro ano de faculdade, ouço as orientações dos professores quanto a isso. Lembro-me da Agatha Urzedo (professora e editora do caderno cultural da Folha da Região), dizendo: “Quando uma pessoa relacionada ao comércio ou política elogiar a matéria que vocês fizeram, desconfiem!”. E, realmente, faz sentido. O jogo de interesses está cada vez mais abusivo e os olhos bem abertos são fundamentais.

Durante o meu estágio no Jornal Tribuna Regional, tive a oportunidade de receber elogios por textos que eu produzi. Em uma dessas ocasiões, a proprietária de uma sorveteria me parabenizou pelo resultado de uma matéria que eu escrevi sobre as novidades da empresa. Não deveria, mas por ser uma estudante de jornalismo que tem sede pelo aprendizado, confesso que o retorno positivo da leitora (embora seja dirigente da sorveteria) me deixou entusiasmada.

Você deve estar se perguntando o porquê deste post. Seria um marketing pessoal? Não, fiquem tranquilos. Garanto que as minhas pretensões são as melhores possíveis.

Escrevo este post porque algo muito forte me impulsiona: a gratidão.

Trabalho na área da comunicação há 6 anos. Apesar da pouca idade (13, na época), agarrei com unhas e dentes a oportunidade. Comecei a apresentar um programa musical na Nova Difusora de Auriflama, aos sábados, das 14h ás 15h.

A partir daquele momento, a paixão pela área cresceu. Procurei me dedicar àquilo que eu fazia. Alguns meses depois aquele programa ganhou espaço na programação diária da emissora e fico feliz em dizer que a oportunidade me rendeu muitos amigos. O carinho dos ouvintes não tem preço.

Pelo menos uma vez por semana eu ganhava um “presente” de algum ouvinte. Seja por meio de palavras ou objetos. Não tem nada mais gratificante do que atender ao telefone e alguém do outro lado da linha dizer: “Nossa, como o programa está gostoso!” ou “Angélica, eu e toda minha família estamos com o radinho ligado, manda uma música pra gente!”. Já aconteceu de ouvintes me surpreenderem com doce de leite, requeijão, frutas, blusinha, rasteirinha. “Trouxe um presentinho pra você”.

Poxa!

São nessas situações que penso o quanto o nosso trabalho é importante para as pessoas. Não se trata de um “jabá” como eu citei no início do post. A atitude dos ouvintes demonstra o carinho sincero, a admiração e o respeito que eles têm por nós.

Ontem foi um dia especial. Eu e meus companheiros de trabalho recebemos mais do que um gesto de consideração... era a resposta de um trabalho honesto, verdadeiro e feito com amor.

Sem dúvidas, um dia de reflexão.

A Nova Difusora e o Jornal Tribuna Regional estão instalados no mesmo prédio. Eu trabalho no período da manhã na rádio, e a tarde, no jornal.

Ontem, estávamos no fechamento da edição do TR. Aquela tradicional correria e clima tenso. O Welington Sales estava iniciando o Programa Festa Sertaneja.

Eu revisava o jornal e, de repente, abrem a porta e chega a notícia. “A Rosinha [uma ouvinte] mandou um bolo recheado com mousse de chocolate para o pessoal da rádio”. Poxa, que felicidade! Ela é daquelas que liga todos os dias para conversar com a gente e pedir música. Detalhe: em todos os programas.

Ficamos todos felizes, claro. O Welington, que estava “no ar” naquele momento, agradeceu em nome de todos. Depois de alguns minutos, um menino aparece com uma sacola dizendo que “mandaram entregar pra vocês”. Abri a sacola e eram dois potes de sorvete.

Enquanto nos indagávamos quem teria sido a “boa alma” que enviou o sorvete, o telefone tocou. Era uma ouvinte. “Oi, vocês receberam a encomenda?”. Era a dona Ádila, mais uma pessoa que acompanha nosso trabalho todos os dias.

Hoje, pela manhã, durante o meu programa, agradeci a Rosinha e a Ádila pelo carinho. Depois de alguns minutos o telefone tocou e era outra pessoa muito querida: a Leonice. Ela, que também sempre participa da programação, disse que levaria uma surpresa. Passou um tempo e uma deliciosa torta de chocolate também chegou à emissora.

Acredito que agora os leitores do blog entendem o porquê do post.

Eu já queria escrever algo em relação aos “presentes” que foram entregues ontem, mas não tive tempo.

Hoje, uma grande reflexão tomou conta de mim: somos uma família e a nossa existência faz diferença na vida dessas pessoas.


Que Deus continue iluminando o nosso trabalho e também a cada um dos nossos companheiros!