25 junho 2009

Será que conseguimos virar o jogo?

Colaboração do futuro jornalista Ivan Ambrósio.

Quarenta senadores já assinaram PEC que prevê exigência de diploma para jornalistas

Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) já conseguiu coletar 40 assinaturas de apoio à apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que exige diploma de curso superior de Comunicação Social para o exercício da profissão de jornalista. Para a apresentação da PEC são necessárias 27 assinaturas.

Segundo a proposta, o exercício da profissão de jornalista será privativo de portador de diploma de curso superior de Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, expedido por curso reconhecido pelo Ministério da Educação. Além disso, acrescenta um parágrafo único, que torna facultativa a exigência do diploma para colaboradores.

Consultado pela Agência Brasil, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Maurício Corrêa afirmou “ser possível tornar obrigatória a exigência do diploma por meio de emenda constitucional”. Mas Corrêa chamou a atenção para o risco de a iniciativa ser interpretada como repreensão à decisão do STF, na semana passada, que dispensou o diploma para o exercício profissional de jornalista.

O senador Antonio Carlos Valadares solicitará também que o Senado realize audiências públicas na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ), com representantes de associações e federações de jornalistas e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de estudantes e jornalistas. Segundo ele, o objetivo dessas audiências será o de aperfeiçoar o texto da PEC.

21 junho 2009

Diploma: um sonho ferido

Quarta-feira, 17 de junho de 2009. Às 19h09. Meu celular apita. É um torpedo SMS. Leio na tela do aparelho: “Mensagem enviada por Clemerson”. O conteúdo diz: “Perdemos”.

Logo vem à mente: diploma.
O coração dispara. É difícil acreditar.

No mesmo instante, lembrei do artigo que produzi na aula de Técnicas de Redação III, ministrada pela professora Ayne Salviano. O terceiro parágrafo dizia: “Caso o STF decida pelo fim da exigência do diploma, o jornalismo estará condenado a uma ‘progressiva decadência’. O reconhecimento atribuído à profissão estará friamente ferido, sem direito a tentativas de ‘cura’.

E aconteceu. Todos nós perdemos. Os jornalistas formados e os estudantes de jornalismo perderam. Agora, a sociedade inteira também perde. Difícil controlar a tristeza. Impossível conter as lágrimas.

O fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo repercutiu, com grande intensidade, nos últimos dias. Veículos de comunicação e internautas estiveram atentos a todos os detalhes. Companheiros da faculdade demonstraram indignação e revolta em blogs, orkut e MSNs.

Sabemos que esta abertura para a prática da profissão poderá provocar um grande desastre no cenário nacional. Os oportunistas – que agora têm direito de se apresentar como jornalistas – terão ainda mais espaço para atuar, mesmo sem nenhum conhecimento sobre ética e conduta responsável.

Muitas pessoas se perguntam: “E agora, vale a pena continuar?”. Envergonho-me em dizer que eu fui uma delas. Eu pensei em jogar fora meus 2 anos e meio de curso. Eu pensei em desistir.

Chorando, eu pensava: “Não é justo gastar tanto em uma profissão que não é valorizada. Viajar todos os dias para cursar Jornalismo? Isto é loucura. Passar noites sem dormir para estudar e fazer trabalhos, para que?”.

As respostas vieram depois, frutos de muita reflexão.

Além do tempo e dinheiro, vários são os instrumentos que precisamos para concluirmos o Ensino Superior: muita leitura, exercício do senso crítico, conhecimento ético, bagagem teórica, familiarização com as técnicas, etc. Um fardo pesado que hoje carregamos, mas que, no futuro, será o diferencial.

Quando decidi cursar Jornalismo, não pensei no retorno financeiro que ele me proporcionaria, nem na grande quantidade de vagas que seriam disponibilizadas no mercado de trabalho. Aliás, isso seria mera utopia.

Optei pelo Jornalismo porque é uma profissão que me fascina. Gosto e admiro o trabalho que é desenvolvido pelos veículos de comunicação. Acredito na importância do Jornalismo para o desenvolvimento social. E não é a decisão do Supremo que irá me afastar de um sonho que estou prestes a conquistar.

Muitas empresas sérias já se posicionaram a favor do diploma e irão admitir apenas jornalistas que passaram pelos bancos acadêmicos.

Agora, mais do que nunca, devo valorizar a minha formação. O STF conseguiu ferir o meu sonho, mas não conseguiu matá-lo.

Amigos, não desistam. O Jornalismo precisa de nós!

Confira a reportagem da Agência Radioweb sobre o fim da obrigatoriedade do diploma:

13 junho 2009

As riquezas do Jornalismo

Quando iniciei meus estudos no Ensino Superior, em 2007, a visão que eu tinha do Jornalismo era muito superficial. Acredito que as dúvidas dos meus companheiros de turma também eram muitas. Naquele momento, tornou-se imprescindível saber o que realmente seria o Jornalismo, os fatores positivos e negativos. A partir dos novos conhecimentos adquiridos, todos estariam aptos a tomar uma decisão: prosseguir ou desistir.

Lembro-me que as primeiras orientações refletiram em torno do “papel” que exerce o jornalista. Não só as suas funções enquanto profissional, mas a importância dele para a sociedade. O impacto - positivo ou negativo - que ele é capaz de causar. O “peso” que tem o seu trabalho.

Também foram citadas às más remunerações que recebem estes comunicadores, o perigo que muitos enfrentam diariamente ao realizar uma cobertura, o estresse por viver em uma constante contagem regressiva, a fria pressão, enfim, o “preço” que milhões de profissionais - espalhados em todo o mundo - pagam por querer ser JORNALISTA.

Acredito que essas informações assustaram aqueles que escolheram o curso pelo “status” que “aparentemente” o Jornalismo proporciona. Afinal, antes de conhecer os pontos negativos da profissão, parecia tudo muito lindo. Tudo perfeito.

E muitos logo desistiram da caminhada...

No entanto, o mesmo Jornalismo que assusta também tem o poder de cativar. A angústia pode ser transformada em paixão. Basta se esforçar, basta buscar. Basta sonhar com um mundo melhor e agir para que isto aconteça.

Deve-se colocar em mente que a maior riqueza do jornalismo não está ligada à economia. A satisfação do jornalista se refere à contribuição social. Por meio do seu trabalho, algo novo, e benéfico, pode acontecer. É possível romper barreiras. É possível alcançar uma outra realidade.

No domingo, dia 31/05, assisti, no Fantástico, a reportagem Meninas do Brasil. Acredito que todos os telespectadores ficaram indignados com o que viram: uma mulher negociando a venda da própria filha, de 17 anos, por quatro cervejas e R$ 500,00. As gravações foram feitas com uma câmera escondida, na cidade de Portel (PA).

O repórter teve uma atitude ousada quando decidiu simular a compra. Mas, digna de reconhecimento.

Ele mostrou interesse em “comprar” a menor, dialogou com a mãe, ofertou, e conseguiu registrar a facilidade com que a prostituição acontece naquela região.

Graças ao bom trabalho jornalístico, as providências foram tomadas dois dias depois. Edina dos Santos Balieiro foi presa pela Polícia do Pará e, de acordo com a lei brasileira, ela pode pegar até 14 anos de prisão por exploração sexual e venda da filha.


Agora, imagine quantas jovens serão poupadas depois da veiculação dessa reportagem...

* A maior riqueza que o jornalista pode receber não é o dinheiro – até mesmo porque a profissão não valoriza tanto este aspecto. A maior riqueza do jornalista é aquela sensação de que “valeu a pena”!

ACOMPANHE O DIÁLOGO DO REPÓRTER E A MÃE DA MENOR (Fonte: G1):

Repórter - “Quer alguma coisa aí?”
Mãe - “Deixa quatro cervejas aí pra mim beber..”
Repórter - “Quantas?”
Mãe - “Quatro.”

A menina acompanha tudo de perto sem interferir.

“Você acha que eu vou dar minha filha por R$ 10, é ?”, diz a mãe, pegando os R$ 10 da mão do suposto cliente. “É louco, é ?”, diz ela enquanto amassa o dinheiro com a mão e guarda.

Apesar do que diz, a mãe fica, sim, com o dinheiro para comprar as cervejas. E a menina chega a entrar num táxi. O repórter revela então que não vai haver programa. E a jovem é levada de volta pra casa.

No dia seguinte, a reportagem voltou ao bar e simulou interesse não apenas em um programa mas em comprar a jovem. O repórter deixa claras suas supostas intenções: levar a moça, e fazer com ela o que quiser.

Antes do acerto, a mãe faz uma única exigência: “Pode viajar. Pode ir. Ela... só quero um número de telefone pra ligar. Ela me ligar.”

No dia seguinte, Edina fala qual é o preço para entregar a filha:

Repórter - “Aquela nossa conversa tá de pé, não tá?”
Mãe - “Tá.”
Repórter - “A senhora falou pra ela e ela falou o que?”
Mãe - “Eu tenho coragem de ir, mamãe.”
Repórter - “Ela tem coragem?”
Mãe - “Tem. Chega lá, fala: ‘Vim te buscar pra gente viajar.’”
Repórter - “Mas quanto? quinhentos, mil, duzentos?
Mãe - “Ah, não sei... cê que sabe.”
Repórter - “R$ 500?”
Mãe - “Talvez , né? Tou ouvindo ... cê que sabe.”

Na hora de fechar a negociação da compra da jovem, Edina define o preço da filha:

Repórter - “A senhora acha que quanto fica bom pra senhora?”
Mãe - “Aquilo que cê tinha me falado da outra vez.”
Repórter - “Quanto?”
Mãe - “O que cê me falou tá bom.”
Repórter - “Quanto? R$ 500?”
Mãe - “R$ 500 tá bom pra mim.”
Repórter - “R$ 500, né?”
Mãe - “É.”

A reportagem não chega a concretizar o negócio e diz a Edina que voltaria com o pagamento depois.

12 junho 2009

Os avanços do jornalismo e o surgimento da Web 2.0

Aliar o Jornalismo à internet é oferecer aos leitores agilidade na transmissão das informações. Não é mais preciso aguardar os detalhes coletados por profissionais da TV ou do Rádio, e muito menos as notícias do jornal impresso do dia seguinte. Em poucos minutos, com um clique, já é possível conhecer tudo o que acontece no mundo.

O Jornalismo on-line surgiu em 1995 com a proposta de inovar o cenário jornalístico e oferecer mais um campo de atuação aos profissionais da área. E a ideia “pegou”. Não é por acaso que os portais de notícias recebem milhões de visitas a todo momento.

O resultado desse interesse é comprovado com o surgimento da Web 2.0. O internauta, além de leitor, tornou-se participante dessa esfera informativa. Os portais abriram espaço para que as pessoas enviem reportagens, fotos e vídeos, interagindo com os leitores e garantindo uma melhor cobertura nas diferentes partes do mundo.

Outro diferencial do jornalismo on-line é o abrangente conteúdo que ele proporciona. É possível, por meio de hipertextos, o leitor se informar melhor sobre um acontecimento. Talvez, naquele momento, o internauta desconheça o que está sendo abordado. Os links “conheça o assunto” ou “notícias relacionadas”, por exemplo, podem ajudá-lo.

O portal Folha Online apresenta essas características. Além dos recursos multimídia, como vídeo, áudios, imagens e textos, ele também proporciona ao leitor a oportunidade de interagir.

Vale destacar que o portal tem um posicionamento típico de um bom jornalismo. As notícias do momento ganham destaque, como aconteceu nos últimos dias com a cobertura do Voo AF 447.

Entretanto, há um ponto negativo da Folha Online. O design carregado, com muitas informações “de cara”, talvez intimide um internauta, sem hábito de leitura, “perder” algumas horas lendo o conteúdo do portal. Seria interessante uma reformulação, promovendo uma visualização menos carregada e mais atrativa.

(*) Texto produzido como atividade avaliativa da disciplina de Jornalismo On-line e Novas Tecnologias – ministrada por José Marcos Taveira

08 junho 2009

Surpresas boas da vida

O dia era estressante... Quinta-feira, dia 4. Fechamento dos jornais Tribuna Regional (de Auriflama) e Jornal da Cidade (de Guzolândia). Correria, nervoso, preocupação. Uma loucura.

O funcionário da floricultura chega e me traz uma surpresa:

Um presente bacana, que chegou em boa hora, rs.

Gostei muito!



Só não me perguntem quem enviou :P

Abraço.